Desta vez, resolvi fazer uma viagem diferente do habitual. Andava curiosa já há algum tempo relativamente aos países escandinavos e acabei por parar naquelas terras frias. Aproveitei um curso intensivo de sueco lá para ser mais divertido. Não é que precisasse, pois todos falavam inglês i Sverige (na Suécia) e até não me deram chances de meter conversas em sueco. Por exemplo, um avô perguntou-me as direções de algumas ruas e até que me lembrei como responder ”Não percebo”, ele já estava a fazer a pergunta em inglês,e então, sem me aperceber olhou-me muito estranhamente quando finalmente respondi em sueco!
NB: impressões (des)necessárias sobre a língua
Não ouçam o que os finlandeses dizem sobre o quão fácil e simpático é o sueco, pois isso é apenas comparado com o suomi (o finlandês), que provavelmente é uma das línguas mais difíceis e não tem nada a ver com o sueco, mesmo que todos na Finlândia falem sueco. Por outro lado, o quão fácil ou difícil o sueco é para ti depende também das línguas que falas. Ou seja, o sueco é do grupo das línguas germânicas setentrionais (mais precisamente as línguas nórdicas – a maioria das línguas faladas na Escandinávia). Nesse sentido, há muito em comum com o alemão e com o inglês. Mas como eu uso mais português do que inglês, no início foi uma imensa confusão para mim com preposições e pronomes e tudo, até começar a associar com o inglês e não com o português. MAS por muito parecido que o sueco seja com o inglês, também difere muito dele… Sim! Eu sei que isso é confuso. Por exemplo, a pronuncia de muitas palavras é bastante diferente e cada vez que tento dizer alguma frase, digo-a de 10000 maneiras diferentes. Mesmo assim, isso torna o sueco numa língua realmente simpática e interessante de aprender.
Não fiquei com muitas impressões dos próprios suecos, infelizmente, já que havia um monte de estrangeiros em Estocolmo. O que achei muito bom é que quase todos os estrangeiros por aí sabiam falar sueco, ou seja, havia assimilação e isso deve fazer-se em mais países para que não haja falta na comunicação entre locais e imigrantes. Não vou mentir. Uma vez consegui conversa em sueco com um empregado duma loja e tenho imenso orgulho. Embora também não era nativo, mas isso são pormenores.
O mais importante é que sei o porque não consegui manter contacto com os locais. Notei alguma diferença nas pessoas dentro da cidade durante dias úteis e durante feriados. Ainda por cima, o tempo ainda não está bastante quente. Então se juntar esses fatores, temos dois resultados.
1. Suecos em modo sério durante os dias úteis + o tempo frio.
2. Suecos em modo amigável e relaxante durante os feriado + tempo frio/tempo quente.
Sou capaz de confirmar isso, já que notei que com a mudança no tempo, há uma mudança no ar e nas pessoas E na disposição.
O que não voltava a fazer é sair sozinha em Estocolmo à noite, pois aprendi isso da forma difícil.. Estocolmo é perigoso com toda a imigração. Uma vez fui até uma loja à meia noite e acabei por ter um perseguidor, mas consegui escapar. Por isso, fica a dica.
Não sei dizer qual é a melhor forma de ver a cidade, pois eu descobri a região na zona do Norrmalm e a cidade antiga a pé e também um dia aluguei bicicleta para ver umas das ilhas. Numa agência normal os preços das bicicletas são mais ou menos 8 euro por hora e 30 euro por dia, se não me engano. Se comparar, um bilhete é 4 euro e um passe diário (24h) é 12 euro. Se não estiverem com paciência para andar pela cidade de bicicleta, a melhor opção é andar de metro. Eu não cheguei a comprar passe diário de metro, mas também ouvi de alguns colegas do curso que as decorações das estações de metro são muito lindas e podiam simplesmente andar de paragem a paragem para vê-las. Apenas ideia.
No entanto, também não cheguei a alugar bicicleta pelo dia inteiro, já que tinha aulas metade do dia e não compensava. Tive sorte que no hostel em que estava havia descontos com as bicicletas e acabei por alugar uma bicicleta por 4 horas e paguei 5 euro em total. Claro que no início perdi-me e andei 30 minutos a dar voltas no mesmo lugar e num momento apercebi-me e comecei a consultar Google Maps mais frequentemente para ter certeza que estou no caminho para a ilha certa. Não apanhei multa, graças à minha sorte, pois pelos vistos não estava a andar nas zonas certas. Os olhares que recebi das pessoas à minha volta e as mulheres a correr como galinhas à minha frente é que me deram essa sensação. Mas foi engraçado andar de bicicleta em Estocolmo, mesmo com o facto que não fazia ideia aonde ia e aconselhava ir de bicicleta e não de metro.
Quanto à cozinha, além das ”swedish meatballs” (bolas de carne suecas), não experimentei outros pratos, pois não ganhei bastante coragem depois de ter provado um iogurte sueco que não entrou bem. Por outro lado, acabei por comer mais frutas e saladas devido ao ocorrido com o iogurte, portanto tem os seus pros também.
Então se alguém ficar com a ideia de visitar a Suécia, sem stress. Falam inglês em todo o lugar, pedem mais cartões de crédito e débito do que moedas, por isso nem precisam de trocar guito, cuidado com os passeios à noite e uma última coisa, existem bares com cerveja por menos de 9 euro, por isso não desistem e persistem na procura da cerveja barata*.
*cerveja barata em Estocolmo quer dizer por volta de 3,50 euro :D